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POR UMA ESCOLA DE SERVIÇOS MÁXIMOS!

Mário Rodrigues

No “Cordão Humano” que os professores realizaram em Leiria, no dia 15 de Fevereiro, dentre os cartazes genuínos que os participantes elaboraram com a sua própria criatividade, talvez o mais original, o mais expressivo, o mais eloquente, tivesse sido um que dizia: «QUEREMOS UMA ESCOLA DE SERVIÇOS MÁXIMOS».

O seu conteúdo continha a ironia de protestar, ridicularizando a imposição de “serviços mínimos” pelo Ministério durante a greve: uma das várias tácticas canhestras e sinistras do ministro (supostamente da educação) visando ilegalmente frustrar o direito constitucional à greve, decisão governamental cuja ilicitude só daqui a muitos meses será sentenciada por verdadeiros tribunais: mais uma das suas jogadas sujas, imundas, pútridas!…

Mas – humor à parte –,  o conteúdo do cartaz valia principalmente por evidenciar a principal e a mais profunda razão do descontentamento dos docentes, nem sempre consciencializada e verbalizada: a “escolinha de mínimos” dos Costas – sórdido instrumento de pérfidos projectos de destruição das capacidades intelectuais, científicas e técnicas das novas gerações dos filhos do povo miúdo e da classe média, para benefício daqueles que podem pagar colégios privados e dos que, sendo apaniguados da Organização e do Partido, um dia passarão à frente dos outros todos na apropriação das hodiernas prebendas laicas: empregos públicos, sem trabalho; subsídios de toda a espécie, sem merecimento; favores e privilégios, mais ou menos legais, incluindo formas iníquas de contornar a acção das instituições judiciais que poderiam punir corruptos e traficantes de influências: o que já se tem visto abundantemente e que será a marca do sistema de aprisionamento do Estado e de captura das suas instituições –  nada, afinal, que não se tenha visto já nos últimos anos, mas que o “facilitador” dos corruptos, sempre cavilosamente, parece querer impor como pedra angular do futuro que ambiciona para benefício dos seus e desgraça dos que não o apoiam ou se recusam a ser seus minúsculos serviçais!

Contra a “Escolinha de Mínimos” dos Costas, que vai criando as gerações do futuro – ignaras, incapazes, acríticas, enfim facilmente domáveis – o que verdadeiramente convém aos portugueses é uma escola de “serviços máximos”, de qualidade, para os filhos de todos os Portugueses.

É essa a luta dos Professores!

Tem de ser esta a luta de todos os Pais e Avós, de Portugal inteiro!

Mário Rodrigues

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