De facto, o regime de Salazar não foi igual ao nazismo e a PIDE não foi igual à Gestapo, mas imitaram muito bem. É bom recordar o que foram os crimes do fascismo, quais os cidadãos que foram assassinados – a memória da história é essencial a cada povo para poder encontrar caminhos de futuro. Não se pode renegar ou branquear a história, mesmo que não pertencesse ao número dos vivos nenhum dirigente, beneficiário ou colaborador do fascismo, o que nem é o caso. O fascismo existiu, os fascistas ainda existem em Portugal e é bom que tudo isto esteja presente na memória colectiva e individual. Relembremos, pois, aqueles que verteram o seu sangue pela liberdade e por um mundo melhor: - 1931, o estudante Branco é morto pela PSP, durante uma manifestação no Porto; - 1932, Armando Ramos, jovem, é morto em consequência de espancamentos; Aurélio Dias, fragateiro, é morto após 30 dias de tortura; Alfredo Ruas, é assassinado a tiro durante uma manifestação em Lisboa; - 1934, Améric...